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Família e amigos fazem ato em memória do cronista Valério Luiz assassinado há 5 anos

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Familiares e amigos do cronista esportivo Valério Luiz, assassinado no dia 5 de julho de 2012, aos 49 anos, fizeram ato na manhã desta quarta-feira, na região central de Goiânia, para relembrar os cinco anos do crime. O protesto pede celeridade à Justiça. Valério Luiz levou seis tiros ao sair da Rádio Jornal 820, onde trabalhava, no Setor Serrinha, em Goiânia.

Após a conclusão do inquérito policial, Maurício Sampaio, que era ex-vice-presidente do Atlético-GO, foi indiciado como mandante do crime. Ele nega o envolvimento com a morte do cronista.

O inquérito apontou que Valério Luiz foi assassinado em função das críticas feitas à diretoria do clube, especialmente a Maurício Sampaio, que atualmente é presidente do Dragão. Os outros réus no processo são Urbano de Carvalho Malta, Djalma Gomes da Silva e Marcus Vinícius Pereira Xavier, indiciados como articuladores do crime, e Ademá Figuerêdo Aguiar Filho, indiciado como autor dos disparos.

Em agosto de 2014, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) mandou os réus a júri popular. Maurício Sampaio, acusado de ser o mandante do crime, recorre no Supremo Tribunal Federal (STF). Pai de Valério Luiz, o também cronista Manoel de Oliveira espera que o julgamento seja marcado.

– A gente passa o tempo sempre com trauma, com a tensão enorme. Você não sabe que hora que pode acontecer com você o que aconteceu com o Valério. Quem é capaz de fazer o que fez om o Valério faz com qualquer um. Estamos chegando ao quinto ano da morte dele. Com a graça de Deus conseguimos a primeira vitória, que é levar (aos réus) ao júri popular. Nas mãos do povo, do ser humano, que tem sentimento, eles não vão escapar – disse Manoel de Oliveira nesta quarta.

Maurício Sampaio, presidente do Atlético-GO, recebeu a reportagem do site GloboEsporte.com e negou qualquer envolvimento no crime. Segundo ele, a polícia nunca adotou outra linha de investigação e usou o atrito com o cronista para torná-lo culpado.

– Em qualquer situação você tem que criar a dúvida. Nesse caso específico, nunca se criou essa dúvida. Nunca procuraram outra linha de investigação. Acharam por bem que era algo ligado ao futebol. Isso recaiu sobre uma carta (a proibição aos veículos em que Valério trabalhava de entrar no Atlético-GO). O presidente (Valdivino) assina, o vice (Maurício Sampaio), que não era mais vice, endossa e passa a ser o culpado por uma morte. Qual seria um motivo para eu matar alguém, seja um cronista ou outra pessoa? Eu não tenho motivo algum. Nem no futebol eu estava – afirmou Maurício Sampaio.

 

 

 

 

 

 

Globo.com


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