Finais com mais de 100 mil pessoas, vaga na Sul-Americana e R$ 10 milhões distribuídos entre cotas e premiações. Os números da Copa do Nordeste impressionam e não passam despercebidos pelo país. Em carta enviada ao presidente da Liga, Alexi Portela, e a seus filiados, o Goiás pede a sua inclusão na competição, mas esbarra até aqui, segundo ele, em uma suposta “má vontade” da CBF.
O clube esmeraldino argumenta “que os campeonatos estaduais vêm perdendo sua força e importância, com critérios arcaicos de classificação, penalizando agremiações com melhor performance (…) e que em um futuro próximo nos deteremos a campeonatos regionais e/ou campeonatos nacionais”.
Na briga desde o ano passado, os goianos não desistem e sugerem até uma mudança na atual fórmula de classificação.
O presidente Sergio Rassi acredita que faz mais sentido para o Goiás disputar o Nordestão do que a Copa Verde, rejeitada pelos representantes do Estado.
“Se você pensar geograficamente somos mais próximos da Copa do Nordeste do que da Copa Verde. Põe na mesa os custos que seriam ter de viajar para Amazonas e Pará, por exemplo. Não é viável. Estamos com esse pleito desde o último semestre, falamos com todo mundo, mas nos retornaram que não havia a mínima possibilidade. Existe uma má vontade por parte da CBF”, afirma Rassi, em contato com a reportagem.
A resposta foi encaminhada pela entidade através da federação goiana.
A resposta foi encaminhada pela entidade através da federação goiana.
Com mandato até setembro, o presidente da Liga do Nordeste, Alexi Portela, também descarta a participação do Goiás.
“É impossível. O campeonato é dos clubes da região, não é? Não somos a Copa América para aceitar convidados de fora”, diz.
Um dos motivos apontados para a recusa ao Goiás é ainda o custo que haveria no deslocamento dos nordestinos até Goiânia para a realização das partidas. A Liga do Nordeste banca atualmente as viagens, hospedagens e traslados de seus membros.
“Não concordo com isso. Goiânia está do lado de Brasília. Além do mais, a nossa hotelaria aqui é mais barata do que a do próprio Nordeste. A CBF diz que poderia haver um mal estar com clubes de outros estados deixados de fora, mas eles incluíram Maranhão e Piauí (que constavam como Região Norte na divisão anterior da CBF) recentemente. Não preciso dizer que a entrada do Goiás traria ainda mais peso com seu nome para a competição”, prossegue Sergio Rassi.
“Até aqui, batemos com a porta na cara. Mas não vamos desistir de participar de um torneio rentável como esse e atuar contra um Bahia, um Vitória e um América-RN no primeiro semestre. Poderíamos de repente até dividir a sua classificação em duas etapas e, assim, nenhum Estado ficaria de fora”, conclui.
Um acordo político firmado em sua retomada em 2013 estabeleceu que as vagas da Copa do Nordeste seriam distribuídas a partir dos estaduais.
Fonte:http://espn.uol.com.br/