Durante coletiva de imprensa com a participação de policiais militares, o secretário de Segurança Pública de Goiás e vice-governador do Estado, José Eliton, chamou um jornalista do jornal O Popular de analfabeto, por ele ter trocado a expressão “condução coercitiva” por “detenção coercitiva” em reportagem publicada hoje (11) sobre a segunda fase da Operação Sexto Mandamento, que prendeu policiais militares.
O Sindicato de Jornalistas de Goiás emitiu uma nota de repúdio contra as declarações do secretário.
NOTA DE REPÚDIO
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Goiás vem de público manifestar seu repúdio às afirmações do secretário de Estado da Segurança Pública e vice-governador, José Eliton, de desqualificar o trabalho dos jornalistas goianos em relação à cobertura da área de sua atuação.
Ao invés de dar respostas aos problemas que o setor de segurança pública enfrenta em todo o Estado, e particularmente em Goiânia, o secretário preferiu atacar os jornalistas, tachando-os de analfabetos. Para o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Goiás, é inconcebível que uma autoridade, principalmente ocupantes de cargos de primeiro escalão do governo, adote esse tipo de comportamento. E espera que o secretário tenha a dignidade de vir a público desculpar-se com a categoria.
Goiânia, 11 de novembro de 2016
Luiz Antonio Spada/ Presidente
Nota da Redação do Jornal O Popular:
O Popular admite que realmente houve a troca de uma palavra na primeira reportagem publicada no site do jornal. No texto, foi citado o termo “detido coercitivamente” no lugar de “conduzido coercitivamente”. Detectado o erro, ele foi corrigido. Embora não se furte a admitir o equívoco, O POPULAR considera que a reação do secretário de Segurança Pública, José Eliton, foi desproporcional. Reforça também que, diferente do que afirma o secretário, jamais buscou “desqualificar as forças policiais”. O POPULAR, assim como todos os veículos do Grupo Jaime Câmara, tem o maior respeito pelo trabalho da polícia, instituição que sabe ser essencial para a segurança e bem-estar da população. No entanto, não deixará de noticiar fatos de relevância pública, cuja legalidade esteja sob suspeita, independentemente de quem sejam os envolvidos.